quinta-feira, novembro 09, 2006

Democracia

Segundo a wikipedia, a democracia é «(…) um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo). Para usar uma frase famosa, democracia é o "governo do povo para o povo". Democracia opõe-se às formas de ditadura e totalitarismo, onde o poder reside em uma elite auto-eleita.
Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia directa (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa sua vontade por voto directo em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indirecta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram (…)»

É democracia a Associação Académica de Coimbra, sua direcção, pelouros, secções, etc, terem de acatar deliberações de Assembleias Magnas que não têm nem 100 pessoas, quando existem cerca de 22 mil estudantes inscritos na Universidade de Coimbra?
É democracia os membros de núcleos de estudantes terem de acatar as tais deliberações, mesmo que tal vá contra as suas crenças e ideais?
É democracia serem 20 ou 30 pessoas a comandar as acções de politica educativa em Coimbra, dizendo que representam todos os estudantes?
É Democracia certos partidos, de todas as alas políticas, infiltrarem-se em todos os becos politizáveis do associativismo juvenil, para poderem captar mais militantes e atingir os seus objectivos mais ou menos escrupulosos?

Eu acho que não.
Zeca

4 Intervenções

Anonymous Anónimo dixit

Zeca, minha cara amiga,

Embora compreenda o que dizes, tenho que defender que sim, que tudo isso é democracia, pois cada um de nós tem a possibilidade de contribuir para deliberações que vinculam os órgãos que enunciaste, e todos os votos têm o mesmo valor.
Da minha perspectiva, o problema está mesmo na fraca adesão às Assembleias Magnas, e defendo que se essa adesão fosse, pelo menos razoável, teriamos aquela democracia a funcionar. No entanto, ao não participarmos nelas, estamos a fazer com que a essa democracia não possa funcionar como se deseja, e a fazê-la funcionar de forma deficiente, tendo efeitos que não eram os pretendidos quando surgiu este tipo de governo.
Como poderá a democracia dar frutos, ou bons frutos, se sendo a democracia, como disseste "o governo do povo para o povo", o próprio povo renuncia ao poder de tomar decisões?
Outro argumento do qual discordo profundamente relacionado com esta questão, é aquele que diz que não vale a pena ir às Magnas porque estão lá sempre os mesmos grupos, e esses conseguem fazer valer as suas pretenções. E desta forma culpabilizam-se os estudantes que participam nas Assembleias Magnas pelas deliberações menos boas que por vezes resultam delas. Parece-me este argumento completamente sem nexo. Se são aprovadas em Magna deliberações que em nosso entender são menos boas, então porque nos abstemos de nelas participar e votar, deixando o nosso poder de decidir nas mãos de quem normalmente discordamos? Porque abdicamos nós de decidir e ainda criticamos quem decide?
Se, como disseste, e terei que concordar, certos partidos, de todas as alas políticas, se infiltram em todos os becos politizáveis do associativismo juvenil, não estará já na altura de pariciparmos em massa nas Assembleias Magnas e de mostrar que as decisões da Academia efectivamente pertencem aos estudantes, e que os rumos da NOSSA Academia são efectivamente traçados pelos seus estudantes?...
Penso que sim...
Todavia, discordo que as deiberações de Assembeias Magnas sejam vinculativas mesmo quando não há quorúm. Não sei que norma permite que tal aconteça, mas penso que deveria ser revogada, e que as deliberações das Assembleias Magnas só deveriam ser vinculativas quando houvesse quórum. Passariamos decerto por um período em que as Assembleias Magnas não teríam quórum e não tomariam qualquer posição. Passariamos decerto por um período em que só a DG/AAC decidiria os rumos da AAC, não tendo os estudantes interessados forma de fazer faler aquilo que pensam. Mas quando essa situação se tornasse flagrante, acredito que as Assembleias Magnas voltariam a ser participadas, e a ter quórum, e dessa forma, as deliberações de tais Assembleias voltariam a ser deliberações dos estudantes de Coimbra.

Cordiais Cumprimentos
Hilário

17:14  
Anonymous Anónimo dixit

Eu não disse que não valia a pena ir às Magnas por serem sempre os mesmos grupos a «decidir» tudo... eu acho que vale a pena ir às Magnas mesmo para evitar que sejam sempre as mesmas pessoas a apresentar e quase vetar moções. Sinceramente, não concordo nada com o funcionamento actual das Assembleias Magnas.
Posso mesmo dizer que acho o acho uma fantochada completa a precisar de uma revisão profunda.

12:34  
Anonymous Anónimo dixit

Sim, eu percebi que não tinhas dito que não valia a pena ir às Assembeias Magnas, mas é uma frase que oiço bastante em conversas com amigos.
Já agora, para ti o funcionamento actual das Magnas peca essencialmente pelo quê?
E se se houvesse uma revisão profunda no que diz respeito ao funcionamento das Assembleias Magnas, o que achas que devia mudar para melhorar esse mesmo funcionamento?

Cordiais Cumprimentos
Hilário

17:36  
Anonymous Anónimo dixit

acho que só deveriam haver magnas quando houvesse assuntos realmente importantes a debater. e nao por dar mais jeito a este ou a outro, por questoes partidárias ou de campanha...

17:50  

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