A importância da próxima Assembleia Magna
Está marcada uma Assembleia Magna para o dia 9 de Outubro, próxima segunda-feira. Penso que a reunião de estudantes terá como assunto central o Processo de Bolonha, à semelhança da última Assembleia Magna.
Pessoalmente, esta parece-me mais importante ainda. Era raro ir a Assembleias Magnas, uma vez que aos poucos fui deixando de acreditar nas lutas académicas, por constatar que os estudantes ou já não tinham causas, ou não pensavam que pudessem conseguir fazê-las valer, ou já não acreditavam naquilo por que lutavam . A consequência directa disso é como sabes, Assembleia Magnas com uma mísera adesão como as actuais, sem quórum, e em rigor, Assembleias onde não participa a Academia de Coimbra, mas apenas uma ínfima parte dos seus estudantes. As partes foram tirando a força ao todo, foram-se desagregando, e eu desagreguei-me também.
Mas, roubando palavras ao Jorge Palma, às tantas “vais à janela e ao olhares para fora sentes que perdeste o teu centro e de repente descobres é hora de olhares para dentro, é que há qualquer coisa que não bate certo, há qualquer coisa que deixaste para trás em aberto, qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu, e não podes deixar de sentir que o culpado és tu”.
Ao olhar para dentro não pude mesmo deixar de me sentir culpado. Nada fiz para dar força às Magnas, sabendo que as Assembleias Magnas não tinham quórum continuei a não ir, discordando com deliberações de algumas Magnas nunca me preocupei em estar presente para votar contra ou a favor o que quer que fosse, e tenho neste momento que admitir que colaborei com a construção da actual imagem que se tem de Assembleias Magnas, e com a destruição da importância que estas reuniões um dia tiveram, e que outros antes de nós lhes conseguiram atribuir. Contribui para o descrédito que têm hoje as Assembleias Magnas.
E se com isso pactuei, não vou continuar a pactuar.
Não te vou pedir que participes na próxima Assembleia Magna, em cada um manda a sua consciência. Não te vou pedir para estares ao meu lado, embora me apetecesse.
Posso, no entanto, assegurar que vou estar ao lado dos capas negras que estiverem na próxima Assembleia Magna. Serei mais uma parte insignificante que se juntará a um todo com significado. E dessa forma na minha pequenez engrandecerei esta Velha Academia.
Pessoalmente, esta parece-me mais importante ainda. Era raro ir a Assembleias Magnas, uma vez que aos poucos fui deixando de acreditar nas lutas académicas, por constatar que os estudantes ou já não tinham causas, ou não pensavam que pudessem conseguir fazê-las valer, ou já não acreditavam naquilo por que lutavam . A consequência directa disso é como sabes, Assembleia Magnas com uma mísera adesão como as actuais, sem quórum, e em rigor, Assembleias onde não participa a Academia de Coimbra, mas apenas uma ínfima parte dos seus estudantes. As partes foram tirando a força ao todo, foram-se desagregando, e eu desagreguei-me também.
Mas, roubando palavras ao Jorge Palma, às tantas “vais à janela e ao olhares para fora sentes que perdeste o teu centro e de repente descobres é hora de olhares para dentro, é que há qualquer coisa que não bate certo, há qualquer coisa que deixaste para trás em aberto, qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu, e não podes deixar de sentir que o culpado és tu”.
Ao olhar para dentro não pude mesmo deixar de me sentir culpado. Nada fiz para dar força às Magnas, sabendo que as Assembleias Magnas não tinham quórum continuei a não ir, discordando com deliberações de algumas Magnas nunca me preocupei em estar presente para votar contra ou a favor o que quer que fosse, e tenho neste momento que admitir que colaborei com a construção da actual imagem que se tem de Assembleias Magnas, e com a destruição da importância que estas reuniões um dia tiveram, e que outros antes de nós lhes conseguiram atribuir. Contribui para o descrédito que têm hoje as Assembleias Magnas.
E se com isso pactuei, não vou continuar a pactuar.
Não te vou pedir que participes na próxima Assembleia Magna, em cada um manda a sua consciência. Não te vou pedir para estares ao meu lado, embora me apetecesse.
Posso, no entanto, assegurar que vou estar ao lado dos capas negras que estiverem na próxima Assembleia Magna. Serei mais uma parte insignificante que se juntará a um todo com significado. E dessa forma na minha pequenez engrandecerei esta Velha Academia.
Cordiais Cumprimentos
Hilário
Hilário
2 Intervenções
Eu irei também. Por mais palhaçada que as Magnas sejam e por não terem quórum (sim, porque se não tem quórum nao sei o que é k a nossa querida AAC ainda aprova/desaprova moções e deixa uma cambada de utópicos propor tais ideias descabidas). Eu estou sempre lá! (excepto quando tenho um exame no dia a seguir, como aconteceu duas vezes). Da mesma maneira que os mesmos utópicos estão sempre lá, eu vou lá para ouvir, para votar, para discordar, para concordar (o que é raro), para ser mais uma voz!
Tens toda a razão no que dizes no post, apesar de eu não me sentir culpada, porque sempre fiz questão de participar enquanto me é possível. É pena que lá vão sempre os mesmos. É a DG dum lado, os esquerdalhos do outro e companhia limitada! Sempre assim! Nao muda:( Concordo que deve haver esse tipo de debates, que quem acha que deve ir à luta que vá (dentro dos limites claro, não é dando pontapés a torto e a direito...depois admiram-se de ir presos! é mais que bem feito!), mas não concordo que qualquer moção, seja ela de quem for, venha a ser aprovada/desaprovada numa Assembleia Magna sem quórum! Sei que têm que ser ouvidos mas daí a votarem com uma parte ínfima dos estudantes é simplesmente ridículo!! Desculpem, mas é a minha opinião. Chamem-me o que quiserem mas é rídiculo! É desprestigiar quem tanto conseguiu no passado. Estou-me a recordar duma moção que foi aprovada, penso que o proponente não foi da DG/AAC, em que quiseram que a DG afixasse uma placa em memória do dia da invasão do Senado no ano de 2004!! Mas o que é isto??? Placas em memória de '69 tudo bem !! Agora dos pontapés e figuras tristes à porta dum Senado??? é pura falta de respeito, é puro anarquismo! E é isto que passa para fora, é esta a imagem!! Não admira que esteja tão decadente! É por todas estas razões, e muitas outras, que vou às Magnas! Porque se não há quórum e estes palhaços podem propor moções com o objectivo de serem aprovadas, eu também posso ir lá para votar contra! Porque um dia se me apetecer propor uma moção a dizer que a partir de agora toda a gente tem que andar a pé cochinho...olha provavelmente é reprovada...mas tal ridícula moção pode ser proposta! É isso que as Assembleias Magnas são. Uma voz que não a de todos os estudantes...uma voz de 100/200 estudantes. É triste é. Mas pelo menos eu sou um desses 100/200.
Cumprimentos
Cara ffuc,
É sempre bom saber que nos ouvem, (ou nos lêem) por isso agradeço-te por teres comentado este post, e espero que continues a participar na Velha Academia.
Concordo contigo. Tambem não sei até que ponto é que faz sentido Assembleias Magnas sem quórum aprovarem ou reprovarem moções. Em rigor, sem quórum, penso que as Assembleias Magnas não deviam realizar-se. Penso mesmo que essa podia ser uma boa forma de alertar os estudantes para a sua falta de empenho no que toca à Academia. Mas reconheço que se mesmo dessa forma não se caminha-se para Assembleias Magnas com quórum o resultado seria ainda pior, pois a acção da DG seria completamente livre e sem “controlo” por parte dos estudantes que representa.
Também acho que a única forma de não deixarmos que sejam aprovadas moções que realmente não façam sentido, ou com as quais não concordamos é estando presente e votando contra, da mesma forma que só assim (participando) podemos fazer valer ideias com as quais concordamos.
Assim, segunda-feira, lá estaremos lado a lado.
Cordiais Cumprimentos
Hilário
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